Se você acha que não existe quadrinhos nacionais e que a cena no Rio de Janeiro é apagada ou que não existe... provavelmente é por falta de informação, pois existe uma galera que está na luta e produzindo muita coisa de qualidade aqui no RJ.
Conheça agora um pouco sobre um grupo de profissionais das Hqs nacionais que são feras e estão contribuindo para que não fique somente em São Paulo, a fama de eventos de quadrinhos de qualidade.
CAPA Comics é um coletivo de histórias em quadrinhos da Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro famosa por seus problemas sociais e pelo alto índice de violência. A iniciativa de juntar os quadrinistas para colocar sua realidade no gibi teve início no ano de 2013, surgindo da percepção de uma cultura pulsante e com histórias fantásticas contadas pelos moradores que precisavam ser registradas.
Por que alienígenas só invadem Nova York? Por que todo kaiju só visa Tóquio? Será que apenas Londres tem mistérios a serem desvendados? Por que o fantástico precisava estar tão longe?
A falta de representatividade de nossos costumes, nossa gente e de nossa maneira peculiar de contar causos, fez com que surgisse a necessidade de se reapresentar a cultura a quem faz parte do quintal de casa e expandi-la a outros territórios utilizando a linguagem dos quadrinhos.
O nome do grupo foi inspirado no lendário Homem da Capa Preta, mandachuva da região vivido por José Wilker nos cinemas. E a palavra inglesa Comics se refere a histórias em quadrinhos.
Integrando a cena independente dos quadrinhos fluminenses, o Capa Comics traça sua jornada incentivando, multiplicando, produzindo e publicando. A missão é fazer com que as histórias em quadrinhos possam atingir a popularidade que já tiveram em outros momentos, dialogar com a contemporaneidade e seguir trazendo os sonhos para a realidade.
GIBITECA ADAIL
Uma iniciativa do CAPA Comics em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias. O projeto foi inspirado na Gibiteca de Santos-SP e o espaço vem recebendo visita de escolas, entusiastas dos quadrinhos e atividades voltadas para a nona arte.
A Gibiteca Cartunista Adail José de Paula foi batizada com o nome do primeiro cartunista da cidade, falecido em 2014. Natural de Registro-SP, mestre Adail veio morar na Baixada Fluminense logo no início de sua carreira como cartunista. Participou do Pasquim, era amigo do Henfil e adorava um sambinha, gabando-se inclusive de ter tomado uma cachacinha com boa parte de grandes nomes do gênero.
Funcionando a todo vapor no primeiro piso de uma obra de Oscar Niemeyer, a Biblioteca Leonel de Moura Brizola no centro de Duque de Caxias, a primeira gibiteca pública do Estado do Rio de Janeiro conta com cerca de 7 mil títulos disponíveis ao público que desejar apreciá-los.
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